EFEMERIDADE = ter curta duração
A Modernidade acabou, e com ela a objetividade e a limpeza formal. Hoje vivemos, como muito bem define Zygmunt Bauman, a Pós Modernidade líquida, volátil, adaptável e por muitas vezes caótica. Transitamos numa sociedade que escancara a privacidade e valoriza a imagem, permeada por uma grande sensação de urgência.
A ARTE que muito nos orienta, se vê de modo conflituoso diante da efemeridade, posto que a obra de arte, teria como princípio, ser duradoura.
"Ao negar qualquer expectativa de que ela (obra) vai durar, a arte efêmera muda propositalmente a relação da arte e plateia... a efemeridade foi estrategicamente recrutada para minar o sentido material das obras de arte como objetos, cujo valor pode crescer com o tempo (investimento) ou avalizar ambientes sociais de elite com a sua presença". (BIRD, Michael. 100 Ideias que mudaram a ARTE)
Light Cycle, 2003 - Cai Guo Qiang
O artista iluminou brevemente o céu acima do Central Park de Nova Iorque. Na esteira de 11 de setembro, a exibição elaborada demonstrou que a pirotecnia, também pode ser construtiva e bela.
Amanda Willians, 2014
A artista e arquiteta, afro descendente, que havia vivido neste bairro, pintou, sem qualquer permissão, todas as casas da vizinhança, pois uma escavadeira estava na eminência de apagar uma história, em nome do progresso.
Fica aqui a pergunta e reflexão:
Você se lembrará de mim quando eu for embora?
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