Vamos pensar sobre as memórias da infância através
das propostas de INSTALAÇÕES = “... que requer que o espectador entre na obra e a
vivencie como um ambiente. É um tipo de teatro participativo sem atuação ... é impedir
que a obra de arte se torne uma mercadoria vendável e compelir o público na
obra nos próprios termos dela...” (Bird, Michael - 100 Ideias que mudaram a Arte)
Flavia Junqueira, paulista, transporta o observador para um outro tempo, para as fantasias infantis, para o lúdico, cenários fantásticos e efêmeros. A ideia de efemeridade tem sido um poderoso elemento da arte, neste caso específico, há um esforço da permanência, posto que o objeto arte se desdobra para além da instalação, se tangibiliza numa fotografia.
Chila
Kumari, artista multimídia, nasceu em
Liverpool mas suas memórias estão enraizadas nas tradições de
sua família indiana, ela resgata o tuk-tuk onde seus pais vendiam sorvete e
cobre a fachada do Tate, em 2020, com imagens vividas, em neon.
FUN but also makes you Think about
Denise
Mendes Barbosa não é de grandes
formatos, sua opção são os relicários, lugar destinado para guardar ou proteger
coisas preciosas.
Os nomes têm imensa importância para a obra: Amor de Irmã (em cima) e Lembrando de Londres (embaixo). Nesta pequena caixa estão registradas as memórias ternas da artista, que de certa forma, podem dizer respeito também as memórias e histórias do espectador.
Carsten
Holler, em 2006, montou no Tate
Modern estas “serpentinas” com o objetivo de colocar em xeque a
experiência tradicional do museu, que em tese, é silenciosa, séria e solitária.
As pistas de tobogã espiraladas empurram os visitantes para situações sociais -
uma arena de troca. Arte experiencial
Quanto ao resultado = é
outra questão !
Trouxe aqui artistas /obras que gosto,
independentemente de valores de mercado, resgatei memórias que dialogam e fazem
parte das minhas reflexões.
São
AFETOS que me AFETAM !