quinta-feira, 15 de agosto de 2019

ARCOS DA LAPA, Rio de Janeiro




Integrado na paisagem carioca e na vida cotidiana de seus moradores, o famoso ARCOS DA LAPA foi fundamental equipamento para abastecer a cidade de água no período colonial. Por onde atualmente circula o nostálgico bondinho, passava a água do Rio Carioca (captada do Morro de Santa Teresa) e transportada por esse imponente AQUEDUTO (inaugurado em 1750) , até chegar o chafariz que existia no Largo da Carioca. Curioso que água que sobrava deste chafariz foi canalizada, passando pela Rua do Cano (atual Sete de Setembro) até chegar em um outro chafariz na Praça XV - coração da Cidade.

Texto: João Torres
Instagram: arte.in.forma  com + história arte arquitetura

terça-feira, 7 de maio de 2019

500 Anos de Leonardo DaVinci


(referência artigo de Ruan de Souza Gabriel publicado no Segundo Caderno d’O Globo em 02 de maio de 2019)

Leonardo DaVinci nasceu em 1452 e genialmente transitou (ou mergulhou?) pelas mais diversas ciências: botânica, ótica, anatomia dentre outras. Ele acreditava que o artista deveria conhecer todas as leis da natureza e o olho seria a “ferramenta” para alcançar este propósito.
Na pintura, mudou a forma das narrativas alterando a luz e cor nas composições. Importa ratificar que por trás das pinturas havia um profundo conhecimento científico.
Outros artistas de prestigio do alto renascimento, momento considerado de mutação (os anos 500’s), focaram no chiaroescuro, um jogo de luz e sombra, enquanto DaVinci, passou por esta técnica, porém se dedicou ao sfumato, que dilui a linha entre os personagens e entre personagens e paisagem, sugerindo contornos e um “todo”, que de certa forma, anunciava um novo olhar e modo de estar no mundo – não mais antropocêntrico mas cósmico.

“Vede aqueles que podem ser chamados

Simples condutores de comida,
Produtores de estrume, enchedores de latrinas,

Pois deles nada mais se vê no mundo
Nem qualquer virtude se observa no seu trabalho,
Nada deles restando além de latrinas cheias”
Anotações, Leonardo da Vinci




Sempre Monalisa 

terça-feira, 30 de abril de 2019

Palestra para alunos de Design, na UNIBH - Belo Horizonte


Apresentar a História da Arte numa linha do tempo, tendo Portugal como objeto principal foi o nosso tema.

Iniciamos com os Cromeleques dos Almendres, um monumento megalítico (grande pedra) localizado em Évora, que registra a Pré-História em Portugal. Passamos pelas ruínas romanas que não são poucas no país, mergulhamos no triunfo das formas e no exotismo do Barroco em Lamego, Braga e Lisboa, encantamo-nos com a modernidade que os engenheiros capitaneado por Gustave Eiffel apresentam nas estruturas metálicas como na Ponte D.Luis I na cidade do Porto, até alcançarmos Amanda Levete arquiteta responsável pelo projeto que entendemos ser um ícone da contemporaneidade – MAAT – Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia em Lisboa.

Como diz um amigo poeta (Tercio Borges) em relação a nossa semelhança com os portugueses :
“Diz pra mim se é normal
Ser diferente sendo tão igual
É assim no carnaval
Fantasiado de Marques de Pombal na Sapucaí”

A palestra ocorreu no último dia 15 de abril. Foi uma ótima experiência.
Obrigado professores Anderson e Virgínia.

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 Cromeleques dos Almendres, Évora
 Templo de Diana, Évora
 Museu dos Coches, Lisboa
 Ponte D.Luis I
 MAAT, Lisboa
Lourdes Luz 


terça-feira, 19 de março de 2019

Rio de Janeiro a Janeiro - Andrea Antonon


Exposição - texto de apresentação
Curadoria: Lourdes Luz


ANDREA ANTONON artista plástica carioca transita entre registros em aquarelas de montanhas, vegetação e praias cariocas, pintura a óleo e fases abstratas.
A artista tem especial encantamento pela pintora inglesa Marienne North, que viveu no Brasil no século XIX nos anos de 1872 e 1873, captando paisagens existentes ou imaginárias com uma certa subversão.
É nesta indistinção que o fascínio se faz presente nas aquarelas de Antonon, foco principal desta exposição. Os trabalhos possuem ao mesmo tempo simplicidade e uma expressividade luminosa com sobreposições de tons e transparências veladas.
A mostra ainda conta com a colaboração de Flavio Roitman, com suas fotografias que pontuam a força da cidade real, cuja metamorfose se dá nas pinturas da artista: de Janeiro a Janeiro.

 


Suavidade e Elegância.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Praia Leça de Palmeira, Matosinhos - Portugal


File:Swimming Pool Piscinas de Marés Leça da Palmeira by Álvaro Siza foto Christian Gänshirt.jpg


A praia Leça de Palmeira está no litoral de Matosinhos, uma pequena cidade ao norte do Porto. O Complexo de Piscinas de Leça é um dos mais reconhecidos projetos iniciais do arquiteto português Álvaro Siza que foi fortemente marcado pelas obras dos arquitetos Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, porém cedo conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, não somente com referências modernistas internacionais como também na forte tradição construtiva portuguesa.
Este complexo combina a paisagem projetada a uma formação natural sem ofusca-la. A piscina de adultos parece estar dentro do mar, é uma indefinição intencional rompendo limites e de certa forma tentando domar a natureza.
É um espetáculo que ao mesmo tempo integra e descola concreto, rochas e mar.
Surpreendente paisagem “construidamente” natural!!!

Texto: Lourdes Luz
Mais sobre Portugal no : Arte InFORMA , Lisboa e Arredores  -  www.amazon.com.br

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Anotações sobre RAVENA e o mundo dos mosaicos.


Lourdes Luz, PhD
** fiz estas anotações quando minha filha foi viajar para Ravena

·        Em +/- 300 DC, o Império Romano foi dividido em Ocidente, capital em Roma, que a partir desse período foi sendo invadida por bárbaros e pestes devastadoras.
·        O Oriente cuja capital era Bizâncio ou Constantinopla, em homenagem ao Imperador Constantino, progrediu muito pois fazia parte de importante rota comercial. Importa observar que se tornou cristã com Constantino. Hoje Constantinopla é Istambul.

·        ARTE BIZANTINA 
A arte bizantina sofreu influência das culturas gregas, romana e oriental, surgindo uma nova manifestação artística, rica em técnica e no brilho dos mosaicos.
Os mosaicos eram usados nos interiores de igrejas, cobria paredes, teto e chão com suntuosidade. As figuras eram trabalhadas sobre fundo dourado com iluminação direta com o objetivo de “clamar” pelo sagrado e transmitir a ideia de “eternidade”. O mosaico possuía também a tarefa de instruir os fiéis acerca da vida de Cristo – mestre e senhor todo-poderoso, dos Profetas e dos Imperadores, ou seja, a propagação do novo credo oficial - o Cristianismo.
IMPORTANTE:
As figuras humanas são “chapadas” (sem volume), rígidas e simetricamente dispostas, se apresentam altas, esguias, rostos amendoados, olhos enormes, expressão solene (ou sem expressão) com o olhar na direção do infinito.

RAVENA – foi a última capital do Império Romano do Ocidente (402 a 476 DC).
A queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C. institui o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média. Ravena ficou por um curto período nas mãos dos bárbaros até que Justiniano, imperador do Oriente, afim de reconquistar os territórios ocidentais, mandou invadir a cidade. Em 539, Ravena tornou-se bizantina e um grande conjuntos de obras começou a ser construído na cidade, enriquecendo-a e tornando-a uma importante testemunha do período.



Igreja de San Vitale, Ravena


Mosaico do Imperador Justiniano na Igreja de San Vitale, Ravena

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Anotações acerca de ARTE URBANA


Por Lourdes Luz, PhD.


Em janeiro passado, fui a exposição de Basquiat, um artista visionário que morreu aos 28 anos em 1988. Fiquei bastante impressionada pois nunca havia visto o conjunto da obra do artista, o que a torna mais contundente. Talvez o que tenha me causado o maior impacto refere-se ao item liberdade no exercício da pintura. Apesar de Basquiat ter dito que não era um grafiteiro, creio que há uma grande proximidade de linguagens: está presente os símbolos de rua e da rua, os questionamentos e principalmente a irreverência.

Dois Cães, Basquiat

  Flash em Nápoles, Basquiat

As ruas oferecem superfícies com limites fluidos prontos para receber desenhos e textos. O conceito de arte urbana (arte de rua) engloba um certo anonimato, transita entre o lícito e o ilícito, e entendo que com artistas como Basquiat e Keith Haring, este tipo de obra foi catapultada para o espaço sagrado das galerias.

Galeria de Arte de Rua, Lisboa

E neste ponto surge também uma nova reflexão que diz respeito a efemeridade da obra...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Uma visita inesperada. Lisboa, janeiro de 2019


Viajar é ampliar horizontes, ver novas culturas e principalmente romper fronteiras e preconceitos ou pré – conceitos.

Janeiro de 2019, tive a oportunidade de voltar ao país pelo qual tenho grande apreço, Portugal, na cidade de Lisboa e depois visitei o Marrocos que foi uma tremenda surpresa.

Mas hoje resolvi fazer uma inversão. Já no final da viagem, estava flanando um pouco sem destino pelo bairro Príncipe Real quando me deparei com a Casa Pau Brasil.



Em um primeiro momento pensei, esta história eu conheço, mas a expografia no térreo era tão exuberante que resolvi subir as escadas e fui a cada degrau vendo um Brasil do qual tenho orgulho.

Estava na Casa Pau Brasil. A Casa do Design Brasileiro. Uma curadoria primorosa que passa pelo cheiro, pela cor, pela textura do que é o nosso design, o design brasileiro. De Sergio Rodrigues de quem sou fã incondicional às biojóias de Maria Oiticica.
Senti um misto de alegria e orgulho. O Brasil tem carnaval, praia e futebol mas tem sobretudo cultura e identidade miscigenadas.

E estando em Lisboa me pergunto, como diz a música de Tercio Borges (músico brasileiro, residente em Lisboa) ”como é possível ser diferente sendo tão igual?”

Belíssima visita !!!
E um poderoso manifesto

Capa do manifesto

Manifesto (parte)

Arteeblog: Pinturas sobre trabalho ou trabalhadores

Arteeblog: Pinturas sobre trabalho ou trabalhadores : Gustave Caillebotte - The Floor Scrapers – 1875 – óleo sobre tela - Musée d'Ors...