Por Lourdes Luz, PhD.
Em
janeiro passado, fui a exposição de Basquiat, um artista visionário que morreu
aos 28 anos em 1988. Fiquei bastante impressionada pois nunca havia visto o
conjunto da obra do artista, o que a torna mais contundente. Talvez o que tenha
me causado o maior impacto refere-se ao item liberdade no exercício da pintura.
Apesar de Basquiat ter dito que não era um grafiteiro, creio que há uma grande
proximidade de linguagens: está presente os símbolos de rua e da rua, os
questionamentos e principalmente a irreverência.
Dois Cães, Basquiat
Flash em Nápoles, Basquiat
As
ruas oferecem superfícies com limites fluidos prontos para receber desenhos e
textos. O conceito de arte urbana (arte de rua) engloba um certo anonimato,
transita entre o lícito e o ilícito, e entendo que com artistas como Basquiat e
Keith Haring, este tipo de obra foi catapultada para o espaço sagrado das galerias.
Galeria de Arte de Rua, Lisboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário